Presidente Lula assina decreto com regras do alistamento militar feminino.

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O Governo Federal publicou nesta quarta-feira, 28, as regras do alistamento militar feminino no Brasil. A medida é inédita e será implementada com caráter voluntário. Já o serviço, será obrigatório para as alistadas.

O decreto, que está assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e também pelo ministro da Defesa, José Múci, foi publicado no Diário Oficial da União. Veja aqui!

De acordo com o governo, o objetivo com o alistamento feminino é ampliar a presença da mulher nas Forças Armadas. Atualmente, elas estão presentes apenas em alguns quadros, cujo ingresso se dá por meio de concursos militares.

O alistamento feminino entrará em vigor a partir de 2025, mantendo como regra principal a idade mínima de 18 anos. Nos dias atuais, o alistamento aos 18 anos é restrito aos homens, convocados ou voluntários.




Alistamento feminino: veja o que prevê o decreto

O decreto publicado pelo governo indica as regras para as fases de alistamento, seleção e incorporação da mulher que decidir aderir ao alistamento militar, de forma voluntária.

O alistamento será sempre no período de janeiro a junho do ano em que a voluntária completar 18 anos.

Serão ofertadas, inicialmente, 1.500 vagas e as alistadas ingressarão em uma das organizações militares da Marinha, Exército ou Aeronáutica, a partir de 2026.

A seleção terá como base a lei que regulamenta o serviço militar brasileiro, podendo compreender mais de uma etapa, inclusive a inspeção de saúde.

Esta última etapa costuma ser composta porexames clínicos e laboratoriais, cujo objetivo é atestar se a alistada detém limitações à prestação do serviço militar.

Além disso, o alistamento militar feminino deverá apresentar os mesmos critérios atuais: físico, cultural, psicológico e moral.




Voluntário x obrigatório

O decreto publicado estabelece que o alistamento militar feminino terá caráter voluntário.

“Art. 1º Este Decreto estabelece os procedimentos necessários para o recrutamento, a incorporação e a prestação do serviço militar inicial por mulheres voluntárias no âmbito das Forças Armadas.”.

A alistada que se voluntariar, de acordo com a publicação, poderá desistir do serviço militar até o ato oficial de incorporação.

No entanto, apór a incorporação ser oficialmente publicada, o serviço militar se tornará obrigatório e a militar estará sujeita a todos as regras que integram o serviço militar masculino atualmente.

Além disso, o decreto também estabelece que a alistada voluntária será considerada desistente, em caráter definitivo, se não comparecer em qualquer uma das etapas do alistamento.

Outro ponto detalhado no decreto é que não haverá estabilidade para as alistadas, que passarão a integrar o quadro da reserva não remunerada das Forças Armadas, após o desligamento.




Concursos militares passaram a ofertar vagas para mulheres

Até pouco tempo atrás, as mulheres tinham o direito de participar de poucos concursos militares. Um deles, por exemplo, é o da Escola de Sargento das Armas (ESA), que sempre destinou vagas para ambos os sexos.

No entanto, outras instituições começaram a incluir vagas para mulheres em seus concursos nos últimos anos.

Em 2023, o concurso Marinha Fuzileiro Naval publicou pela primeira vez um edital com vagas para mulheres e repetiu a medida neste ano.

Inclusive, a Justiça Federal determinou que as mulheres concorram a todas as 1.680 vagas do concurso de forma igualitária, sem restrição de gênero.

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