Está autorizado oficialmente o concurso público para a CVM. A Comissão de Valores Mobiliários recebeu aval do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para o preenchimento de 60 vagas efetivas.
O aval foi dado pela ministra Esther Dweck, responsável pela pasta, nesta terça-feira, 18. Os cargos autorizados não foram divulgados, mas, conforme o governo, serão priorizadas carreiras de nível superior.
Desta forma, com base no último pedido enviado pela CVM, é possível que o concurso contemple as carreiras de inspetor e analista, sendo essa última a que teve o maior quantitativo solicitado (50).
A primeira carreira exige o nível superior em qualquer área, enquanto a segunda requer a graduação em área específica.
O presidente da CVM, João Pedro, comemorou o anúncio da autorização do novo concurso.
“É com grande satisfação que recebo a informação, diretamente da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e do secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, a respeito da aprovação de concurso público para a CVM. Desde a minha chegada à autarquia, há um ano, eu tenho dito que tudo são pessoas. A CVM tem buscado as interlocuções cabíveis junto ao Governo Federal para ampliação do seu orçamento, melhorias tecnológicas e, acima de tudo, a valorização das pessoas. Agora, com a aprovação do concurso público, um importante passo foi dado. Agradeço, mais uma vez, o apoio, o diálogo e a total atenção que o Governo Federal, inclusive, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem oferecido à CVM. Valorizar a CVM, o Mercado de Capitais e as pessoas que atuam no dia a dia do regulador é dar oportunidade para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, disse.
No último concurso CVM, realizado em 2010, as chances foram para graduados em Contabilidade, Recursos Humanos, Arquivologia e Biblioteconomia.
Atualmente, ambos os cargos têm ganhos iniciais de R$20.924,06 mais R$658 do auxílio-alimentação, ambos reajustados.
Com 60 vagas autorizadas, o concurso público para a CVM não será capaz de completar, inicialmente, todo quadro de servidores da autarquia.
De acordo com o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM conta com cerca de 400 pessoas, incluindo movimentados e aqueles que estão no abono aposentadoria.
Mas, para que o trabalho adequado consiga ser feito, Nascimento ressaltou que seria preciso ter de duas a três vezes mais o número atual servidores, ou seja, aproximadamente 1.200 novos funcionários.
Conforme dados publicados no painel de Acesso à Informação do Governo Federal, pela própria CVM, em março deste ano, 181 cargos estavam vagos, sendo eles nos seguintes cargos:
- agente executivo (101 vacâncias);
- analistas (53); e
- inspetores (27).
Ainda segundo a Comissão de Valores, para os próximos quatro anos, mais 67 desligamentos estão previstos, sendo 21 analistas, 12 inspetores, 16 agentes e 18 auxiliares.